Leituras do Vítor
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Cypherpunks: Liberdade e o Futuro da Internet
Autor(es): Julian Assange, Andy Müller-Maguhn, Jacob Appelbaum, Jérémie Zimmermann
Data de leitura: 7 de mar. de 2024
Status data leitura: Finalizada
Avaliação: Gostei 😊
ISBN: 978-8575593073
Páginas: 200
Gêneros:
tecnologia e sociedadepolítica e ativismo
Minha Análise
A obra é resultado de reflexões de Assange e de um grupo vanguardista de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann). A questão fundamental que o livro apresenta é: a comunicação eletrônica vai nos emancipar ou nos escravizar?Apesar de a internet ter possibilitado verdadeiras revoluções no mundo todo, Assange prevê uma futura onda de repressão na esfera on-line, a ponto de considerar a internet uma possível ameaça à civilização humana.
Surgem preocupações sobre os sistemas de vigilância que foram construídos e que estão sendo refinados cada vez mais. Nesse contexto, a solução é a criptografia. Nem toda a violência estatal do mundo pode resolver problemas matemáticos tão complexos, que demandariam séculos, milênios de poder de processamento para serem resolvidos na força bruta.
Em geral nem chegamos a nos conscientizar de quão próximos estamos da violência, porque todos nós fazemos concessões para evitá-la.
Nossa missão é proteger a autodeterminação onde for possível, impedir o avanço da distopia onde não for possível e, se tudo mais falhar, acelerar sua autodestruição.
Costumávamos dizer que, com o Facebook, o usuário não é o cliente. Na verdade, o usuário do Facebook é o produto, e os verdadeiros clientes são as empresas anunciantes. Essa é a explicação menos paranoica e mais inocente do que esta acontecendo.
É preciso reconhecer que, com a criptografia, nem toda a violência do mundo poderá resolver uma equação matemática.
Apesar de abordar temas extremamente importantes, a forma como as reflexões foram apresentadas não me agradou.
As ideias são expostas na forma de conversas entre um grupo de ativistas e Assange (fundador da WikiLeaks). Fiquei com a impressão de que poderia ser um vídeo, mostrando a conversa deles sobre o tema, e que a edição em livro foi um pouco desnecessária para o que foi apresentado ali.